Interessante como ouvindo autores famosos você se deslumbra, se apaixona, se anima, se ilude e se engana. Tudo ao mesmo tempo. Explico.
Em uma master class que assisti, Dan Brown ensina a fazer outline e dá um exemplos incrivelmente didáticos de como escrever um thriller. No seu livro “Sobre a escrita” no entanto, Stephen King diz que outline é terrível, que rouba a alma da história e engessa o seu desenvolvimento.
King ainda vai além, dizendo que escrever não é sempre genialidade, e sim muito trabalho duro. Concordo, mas esta pessoa tem 61 romances, vários deles viraram filmes e um deles inclusive ganhou o Oscar. É um fora da curva, mesmo que não seja um autor atemporal como Shakespeare or Dickson.
Em outra oportunidade, ouvi de Joyce Carol Oates que o silêncio é absolutamente necessário para criar, mas na outra sentença ela fala que precisamos escrever mesmo que seja uma hora por dia no meio da rotina diária. Acho que ela não teve filhos.
Para finalizar, um dos cursos mais recentes que fiz, James Patterson fala em escrever um livro por ano, enquanto que o escritor canadense Malcolm Gladwell fica contente em finalizar uma página em um bom dia.
Todos certos? Todos errados?
Não há certo nem errado… na minha humilde opinião. Apenas descrição de caminhos que deram certo para alguns e podem dar ou não certo para outros. O que é preciso, no entanto, é testar, tentar, escrever e descobrir, por si só, o seu próprio caminho. A sua melhor maneira de criar. Aquela que trará vida às mais brilhantes ideias e personagens.
Enquanto isso, vamos estudar, ler, escrever e principalmente, viver. Pois como bem disse Stephen King: “Comece assim: coloque a sua mesa no canto, e a cada vez que sentar para escrever lembre-se o porquê da mesa não estar no meio da sala. A vida não é um sistema criado para alimentar a arte, mas sim o contrário”.
