O autor desconhecido e a editora conhecida – uma relação somente de negócios

Quando o o meu primeiro manuscrito foi aprovado pela editora eu fiquei muito feliz. Era a confirmação, ao meu ver, que era possível publicar um livro. No entanto, o email seguinte traria aquele balde de água fria no sonho de ser publicado.

A minha ignorância com relação ao mercado editorial era tanta que eu pensava que as editoras fariam todo o processo de graça, caso aprovassem o livro. E não é bem assim… O processo é caro, eles pressionam para que você pague logo e comece o livro e, mesmo sendo profissionais e trabalhando muito bem, como no meu caso, você acaba sentindo-se um produto.

Felizmente, naquele momento eu consegui pagar o valor que a editora queria e iniciar o processo de publicação do livro. Entre edição, diagramação, confecção da capa e organização de datas para lançamento, o processo durou em torno de 3 meses. O contrato previa que eu ficasse com 500 cópias e a editora faria a impressão e distribuição de outras 1000.

Passado esse momento inicial e com tudo aprovado, chegou o momento de conhecer o livro. Quando recebi as minhas cópias, aquele foi mesmo um momento especial. O livro foi bem feito e juntamente com as cópias vieram os marcadores personalizados e um banner para o lançamento. Fiquei bastante feliz com o resultado. Consegui dois locais para lançar o livro, um era a minha antiga escola em Baependi-MG e o outro era o centro de cultura em Conceição do Rio Verde. Nos dois locais tive apoio e ajuda sempre com a maior boa vontade e dedicação. Incrível como você acha pessoas que querem lhe ajudar quando a sua luta é honesta.

Lançamentos realizados, boa parte dos livros vendidos, um pouco do dinheiro recuperado. Essa era a minha parte, mas e a editora? Será que eles imprimiram os 1000 livros e distribuíram como prometido? Recebi alguma vez um relatório de vendas? Lembraram de mim após o término dos serviços contratados? A resposta remete ao título deste post: nada disso aconteceu. Senti-me como um produto que assim que esgotou as obrigações contratuais fui esquecido. Talvez seja assim o mercado editorial. De qualquer maneira, não é como deveria ser. Apenas quem escreve sabe o quanto tem de dedicação e amor em cada obra. Penso que os novos autores deveriam ser tratados de maneira diferente pelas editoras. Enfim, no próximo post vou expandir mais essa ideia e falar sobre os meses de silêncio após o lançamento do meu primeiro livro. Até! 😉

Gostou do Conteúdo? Compartilhe

Share on facebook
Facebook
Share on whatsapp
WhatsApp
Share on email
E-mail

Luciano Gouvea

Autor de Shekinah e Coração Tuaregue

Siga nas
redes sociais

É só digitar no formulário abaixo e pesquisar no blog

Clique na capa do livro para comprar